Publicado em 24/11/2022, às 09h02 por Nicole Berndt
Este é um assunto de todos, mas sabemos que a maioria ainda não tomou consciência da sua responsabilidade, ou da parte que lhe cabe. Os motivos são diversos! Desde a desigualdade social, a pobreza que acaba por “elitizar” o assunto, uma vez que tantos lutam para sobreviver. Como a pouca divulgação, a insensibilidade e até o negacionismo (apenas para citar alguns).
Não temos o menor controle sobre todas essas variáveis, mas podemos escolher nossas ações, o conteúdo da conversa e nossas próprias andanças por este mundo. Trago então três dicas que podem promover algum despertar, seja em você, seja nas pessoas que convivem contigo.
As dicas não têm uma ordem específica e, certamente não alcançam a todos de forma igual. Somos únicos e respondemos de maneira diferente aos mais diversos estímulos. A primeira dica seria a CIÊNCIA. Entre em contato com o que os cientistas estão falando, escrevendo, comunicando. Essa é uma classe extremamente conservadora que, antes de afirmar qualquer coisa, faz muitas perguntas.
Isso sinceramente aumenta minha preocupação, uma vez que estamos falando de quase um consenso. Mais de 90% dos cientistas da área confirmam a realidade da emergência climática. Então, leia, pesquise, troque ideias: no trabalho, na mesa do almoço com a família, em rodas de conversa, com adultos e crianças. Precisamos falar sobre isso!
A segunda dica é a ESPIRITUALIDADE. Desconheço qualquer religião que reprove o contato com a natureza, que inclusive não estimule essa convivência. Para além das religiões, trago aqui a fé, o desenvolvimento de alguma disciplina espiritual, que nos inspira a uma vida mais conectada, mais consciente, respeitosa e contemplativa. Seja com a gente mesmo, como com outros seres (humanos ou não!). Investir nessa área da vida pode ser muito precioso em todos os sentidos.
A terceira sugestão seria vá PASSARINHAR! Tome “banhos” periódicos de natureza. No chuveiro, com a consciência de que a água fez um longo ciclo para chegar até você, ou na cachoeira. Coloque o pé na terra, na grama, na areia. Plante. Contemple a florzinha que cresce no meio do concreto. Observe os pássaros e acalme o coração e a mente.
Como escreve o inspirador Papa Francisco na Carta Encíclica sobre o cuidado da casa comum: “Não é conveniente para os habitante deste planeta viver cada vez mais submersos de cimento, asfalto, vidro e metais, privados do contato físico com a natureza”. Nós somos natureza e é importante relembrar de nossas raízes periodicamente.
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