Publicado em 30/01/2022, às 05h21 por Dra. Ivanice Cardoso
Eu não sei você, mas nas últimas semanas tenho sentido que as pessoas, quando se encontram, estão mais emotivas, mais sensíveis, com um desejo profundo de conexão. Não somente ver ou conhecer pessoas. Conectar, de verdade. A psicologia das conexões diz que conhecer alguém é muito diferente de se conectar com alguém. E eu acredito nisso. É possível, por exemplo, criarmos nossos filhos, estarmos casadas e não criarmos conexões.
As conexões não acontecem por acaso. Elas são fruto de vários fatores. Alguns controlamos diretamente e outros nem tanto. Mas o que isso tem a ver com o ano que está começando agora? Os últimos dois anos foram anos que aceleraram vivências e aprendizados nas nossas vidas. É como se, parados e isolados, tivéssemos amadurecido uns 10 anos, pelo menos.
Tivemos que viver nossos lutos sem os abraços, tivemos momentos de desespero sem ter com quem dividir. Nossos filhos aprenderam de modo muito cru o que é a morte e a iminência da morte. Desenvolvemos resiliência praticamente “na unha”. Não tem como as nossas vidas seguirem, daqui pra frente, só conhecendo as pessoas.
Nossos filhos nos viram morrer e renascer muitas vezes. E não é que a cada vez voltamos mais cheias de verdade, de gana pela vida? A vida ficou naturalmente híbrida. Transitamos da vida digital para a vida física como se não houvesse mais barreiras e resistências. Tomamos uma consciência tão gigante de onde queremos estar. Até se tornou comum descobrir que aquela família amiga se mudou pra outro canto do mundo e você só descobriu meses depois.
Será que essa conexão profunda acontece de modo automático? Eu acho que não. Acredito demais na intencionalidade do que fazemos e do que desejamos. E, segundo os especialistas nessa área de estudo, são necessários 3 movimentos básicos para que as conexões sejam possíveis: confiança, sinceridade e abertura.
Não sei dizer se esses movimentos devem acontecer nessa ordem. Acho que isso cabe a todas nós descobrirmos. Mas tenho certeza que tentar e se empenhar vale a pena. Podemos fazer com que 2022 seja o ano do nosso renascimento para o novo. Afinal, nós, mães e pais, já parimos tanto e tantas vezes. Paciência, força, esperança e, claro, filhos. Com a consciência de que cada minuto é raro e caro, eu desejo um 2022 de conexões profundas. Aquelas em que o coração bate de um jeito todo maroto. Desejos que ao ver e ler os seus filhos, você volte a ter o seu corpo encharcado de oxitocina.
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